sábado, 29 de outubro de 2011

ALGUNS TEÓRICOS DA EDUCAÇÃO


  • ANTON MAKARENKO (1888-1939) = O mestre ucraniano concebeu um modelo de escola baseado na vida em grupo, na autogestão, no trabalho e na disciplina, contribuindo para a recuperação de jovens infratores.
  • CÉLESTIN FREINET (1896-1966) = O educador francês desenvolveu atividades hoje comuns, como as aulas-passeio e o jornal da classe, e criou um projeto de escola popular, moderna e democrática.
  • JEAN PIAGET (1896-1980) = O cientista suíço revolucionou o modo de encarar a Educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos e constroem o próprio aprendizado.
  • LEV VYGOTSKY (1896-1934) = A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.
  • ANÍSIO TEIXEIRA (1900-1971) = O educador propôs e executou medidas para democratizar o ensino brasileiro e defendeu a experiência do aluno como base do aprendizado.
  • CARL ROGERS (1902-1987) = Para o fundador da terapia não-diretiva, a tarefa do professor é liberar o caminho para que o estudante aprenda o que quiser.
  • B.F.SKINNER (1904-1990) = Para o psicólogo behaviorista norte-americano, a Educação deve ser planejada passo a passo, de modo a obter os resultados desejados na "modelagem" do aluno.
  • FLORESTAN FERNANDES (1920-1995) = O sociólogo não só refletiu sobre a escola brasileira, apontando seu caráter elitista, como também atuou pessoalmente em defesa da Educação para todos.
  • PAULO FREIRE (1921-1997) = O mais célebre educador brasileiro autor da Pedagogia do Oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar ao aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo.
  • EDGAR MORIN (1921) = Sociólogo francês propõe a religação dos saberes com novas concepções sobre o conhecimento e a Educação.
  • MICHEL FOUCAULT (1926-1984) = Por meio de uma análise histórica inovadora, o filósofo francês viu na Educação moderna atitudes de vigilância e adestramento do corpo e da mente.
  • EMILIA FERREIRO (1936) = A psicolinguista argentina desvendou os mecanismos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, o que levou os educadores a rever radicalmente seus métodos.
  • HOWARD GARDNER (1943) = A idéia de que existem várias aptidões além do raciocínio lógico-matemático, apresentada pelo psicólogo, causou grande impacto nos meios pedagógicos.

domingo, 2 de outubro de 2011

Inacessibilidade no Rock in Rio: Por um mundo melhor ou pior para todos?


Caro leitor, Tanto se fala em acessibilidade, mas na prática nada funciona! Se um evento como esse não foi capaz de oferecer o mínimo de acessibilidade, como será na Copa do Mundo de 2014?
Por falar na Copa de 2014, e o projeto de acessibilidade no Rio, já foi iniciado?
Tomei conhecimento por meio da querida Lu Jordão, editora do Blog Duas Moda e Arte, sobre o caso da advogada Deborah Prates, pessoa com deficiência visual, que teve  grande dificuldade para assistir um dos shows do Rock in Rio.
Veja primeiro o relato de Lu Jordão e em seguida o de Deborah.
Leia atentamente, por gentileza.Dia 23/09, estava no escritório trabalhando
 (nas imediações do Rock in Rio) percebendo todo o clima de festa na cidade e preocupadíssima com meu deslocamento para casa… Isso!
 Não curto tumulto!
Meu celular toca e era minha querida amiga Deborah Prates, usuária de cão guia, pedindo-me auxílio em informações pouco ou nada claras para acessar o Rock in Rio!
Vinha com a filha de 17 anos curtir o maior evento musical da cidade maravilhosa.
Neste dia, teve a informação de que o seu táxi a deixaria bem distante do evento…
Pesquiso pra cá, site do evento, e-mail para a organização querendo saber se havia alguma orientação especial para que Deborah pudesse acessar o evento com tranqüilidade.
Nenhuma resposta!
No site, informações imprecisas…
Conversei com Deborah por telefone que me afirmou: “Lu, vou no peito e na raça!
Depois te relato como foi…
Mas, um evento desse porte, certamente vai prezar por acessibilidade!”
Infelizmente Deborah comprovou o contrário – falta de acessibilidade, falta de respeito, de preparo, de conhecimento, de calor humano!
Segue relato que me conquista pela ausência de rancor…
Um relato cercado de bom humor de uma pessoa que vive intensamente, que é feliz e que
“coloca a boca no trombone” por um mundo melhor!
Recebi nesta manhã e decidi compartilhar com o maior número de pessoas possível!
Sabem o que mais me surpreendeu?
Minha conversa de 37 minutos com Deborah me descrevendo como se divertiu no show, o que mais gostou, o melhor espetáculo do dia e sua realização por ter participado com a filha adolescente de seu primeiro Rock in Rio…
Eu, de minha zona de conforto e longe da multidão, senti o evento através do relato de Deborah Prates… Eu vendo da TV e ela ao vivo…
Trocamos impressões, opiniões, sentimentos sobre o evento.
Porém, entendo que não se pode deixar este desrespeito com o próximo passar desapercebido.
Sendo assim recorro a esta rede tão especial de amigos para apresentar o relato de Deborah Prates. Caso achem viável, solicito que divulguem.
Estarei publicando em meus dois blogs de moda! Será publicado também no blog da Deborah, com endereço ao final do texto.
Esse é um lado do Rock in Rio, que se não for através de nós, jamais será conhecido!!
POR UM MUNDO “PIOR” PARA TODOS!
Por Deborah Prates
Coração batendo a mil na manhã do dia 23/9, ainda mais com a previsão de tempo chuvoso no 1º dia do ROCK IN RIO.
Uma honra curtir com minha filhota de 17 anos esse momento que, há tempos atrás, tinha experimentado.
Como cega tratei logo de conferir a acessibilidade para que tudo continuasse encantador.
Então, foi que tremi nas bases com o que percebi que iríamos enfrentar.
O clima mudou para o de enduro. Com base na nossa legislação – ante a dificuldade/irregularidade do terreno – foi que tentamos com vários taxistas chegar ao portão do evento.
Os guardas locais disseram NÃO em quaisquer hipóteses.
Desumano, já que o terreno é totalmente irregular para qualquer deficiência.
Fingem desconhecer os Organizadores a lição do filósofo Aristóteles que sugere sejam tratados os desiguais na medida de suas desigualdades.
Até o 1º portão tivemos que andar 1,5 km.
Sozinha não conseguiria.
Pesquisamos no site e ficamos felizes com a existência de um portão especial.
Remetia ao último portão do lado esquerdo extremo, tomando-se a entrada principal da Cidade do Rock.
Como saber qual o último portão?
Um cego jamais o encontraria!
Ao encontrar o portão principal, perguntamos pelo especial.
Claro que eu poderia entrar pelo principal, mas quis o meu!
Nem os seguranças – com rádio – souberam informar.
 Diziam: “ACHO que fica lá na frente!
Vocês vão andando que, certamente, é para lá”! Perguntei se havia alguém para caminhar com o deficiente até o local.
Óbvio que não!
O fluxo das pessoas terminou no principal, onde todos entraram.
Daí por diante fomos na sorte.
Loucura!
Quase desistindo, um novo preposto disse ser “PASSANDO AQUELE VIADUTO”!
Que alegria!
Ao entregarmos os ingressos indagamos pelo banheiro mais próximo.
Ouvimos: “NEM IMAGINO!
ACHO QUE É ALI DEBAIXO DA RODA GIGANTE”! Minha filha foi quem avistou um químico.
O local para lavar as mãos era fora e com um bom degrau.
Naquela pia não havia rampa.
Talvez em outras!
Ainda com fôlego tentamos chegar ao local destinado aos CADEIRANTES, dando direito a um acompanhante.
Absurdo!
Será que os outros segmentos não tinham igual direito?
Como cega também quis achar esse paraíso!
Mais de dez prepostos não souberam encontrar o setor.
Até nos estandes perguntamos e as respostas pareciam combinadas:
“VAMOS CHAMAR UM PROMOTOR DO EVENTO”. Desistíamos de esperar.
E a festa rolava.
Novamente tivemos que vestir a fantasia de
“BOBOS DA CORTE”!
Um BOMBEIRO informou que estava no evento desde a sua CONSTRUÇÃO e desconhecia esses locais.
Aduziu que vários cadeirantes e deficientes já haviam lhe feito a mesma pergunta.
Constrangido, disse que FISICAMENTE esses locais não existiam.
MUITO GRAVE A INFORMAÇÃO!
As toneladas de som ecoavam.
A galera cantava! 
Para minimizar os acidentes geográficos do terreno, rampas revestidas com grama artificial foram feitas sem o menor critério de acessibilidade. Sim.
De qualquer maneira!
“EEE, VIDA DE GADO… POVO MARCADO. POVO FELIZ”!
Algumas permitiam acesso aos cadeirantes, outras nem mesmo para os cegos com suas bengalas! Propaganda feia e enganosa dos DRS. Organizadores!
Constatamos total falta de acessibilidade física, de informação/comunicação e atitudinal.
Falso é o slogan:
“POR UM MUNDO MELHOR PARA TODOS”.
 Ao invés de alardearem plantio de árvores, deveriam os organizadores
REFLORESTAR OS PRÓPRIOS CÉREBROS!
Dever-se-ia investir na
“SUSTENTABILIDADE HUMANA”!
Bem, no tom:
 “ME ENGANA QUE EU GOSTO”,
mais consistente para o Planeta seria repetirmos o antônimo da proposta, qual seja:
POR UM MUNDO “PIOR” PARA TODOS!
QUERO MEU CÉREBRO VERDE!

Carinhosamente,

DEBORAH PRATES –
(Advogada, usuária de cão guia, Delegada da CDPD/OAB/RJ)
No twitter: @deborah_jimmy


*** REFLITAMOS SOBRE UM PENSAMENTO DE AUTOR DESCONHECIDO: “SOMOS TODOS ANJOS DE UMA ASA SÓ. PRECISAMOS NOS ABRAÇAR PARA PODER VOAR”!

Esboço da cidade do Rock: o projeto foi orçado em 40 milhões e será um local permanente para futuros eventos no Rio de Janeiro.

PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS ENFRENTAM DIFICULDADESPARA ASSISTIR AOS SHOWS-NA CIDADE DO ROCK.


Rio – Comprar um ingresso para o Rock In Rio significa estar disposto a encarar eventuais contratempos, próprios de um evento que reúne 100 mil pessoas por dia.
 A recompensa é assistir sua banda favorita de perto ou, pelo menos, numa boa localização.
Nem sempre.
A área exclusiva para portadores de necessidades especiais é suspensa, mas fica à extrema direita do palco principal, o que prejudica a visibilidade.
É comum ver cadeirantes deixarem o local para se misturar à plateia.
- Antes de vir, mandamos um email com dúvidas para a organização.
Não recebemos resposta.
Chegamos na Cidade do Rock e perguntamos a oito pessoas onde era o lugar para deficientes. Ninguém sabia.
Quando enfim descobrimos, foi decepcionante.
Vamos ver os shows muito mal.
Não custava nada fazer um anexo ao lado da área VIP, que fica em frente ao palco.
Minha mulher está revoltada – protestou o paulista Samer Pereira da Silva, que, por conta de uma fratura no tornozelo, está se locomovendo de cadeira de rodas.
Samer também encontrou dificuldades para se movimentar no Terminal Alvorada, na Barra:
- O piso é impraticável, não tem rampas.
Tiveram que me levar no colo até o ônibus.
Desinformação e falta de ônibus adaptados são outras críticas dos deficientes.
Robson Rodolfo, que veio de São José dos Campos com a mulher e a filha, encontrou os primeiros obstáculos na Rodoviária Novo Rio.
Cansado de tentar obter informações sobre como fazer para encontrar um ônibus comum que os levasse à Cidade do Rock, pegou três passagens de R$ 18 num coletivo de turismo.
- Do jeito que o esquema de transportes foi divulgado, achei que ia gastar R$ 2,50 por pessoa, mas ninguém sabia me dizer nada.
E mesmo assim, pagando R$ 18 pela passagem, o ônibus não era adaptado.
Tive que ser carregado pelo motorista para dentro do coletivo – contou Robson, que elogiou o fato de não precisar enfrentar filas e ter saltado perto da Cidade do Rock.

Obs: A terminologia correta, segundo a Convenção da ONU e a Legislação Nacional do Brasil,  é pessoa com deficiência. Termos como como “portadores de necessidades especiais” e “deficientes” foram abolidos.

Fonte: http://www.deficienteciente.com.br/2011/09/portadores-de-necessidades-especiais-enfrentam-dificuldades-para-assistir-aos-shows-na-cidade-do-rock.html